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segunda-feira, 2 de abril de 2012

ES: Falta de informações deixam Policiais e Bombeiros apreensivos

Cartaz exibido na Assembléia Geral da categoria em 15-02-12,
externa a situação da classe
Lamentável a situação por que passam os policiais e bombeiros do Espírito Santo. A insatisfação da tropa fez com que em meados de fevereiro fosse realizado uma assembléia geral com várias associações das categorias. O sentimento era de revolta diante do descaso que os profissionais de segurança pública foram tratados pelo Governo do Estado até aqui, já que tinham esperança que o mesmo colocassem todos na referência 17 do subsídio.

As ondas de manifestações, paralisações e greves atingiram vários estados do Brasil indicando que aqui no Espírito Santo não seria diferente. O governo ciente desta real possibilidade, inclusive com a crescente insatisfação também do oficialato da PMES, fez algumas propostas para que a categoria não deflagrasse qualquer tipo de movimento.

Nesse sentido o governo do estado no dia 15 de fevereiro deste ano, apresentou a seguinte proposta:

- Gratificação para função – Para oficiais, estendida a praças que realizarem serviço de comando;

- Aumento do Q.O. Que possibilitaria inúmeras promoções em todos os graus hierárquicos. As promoções seriam realizadas no dia 6 de abril (aniversário da PMES);

- Estudo a ser feito por uma instituição para aferir o percentual de aumento salarial, o qual seu resultado seria divulgado em junho próximo.

Para quem esteve na Assembléia Geral, foi visível o esforço por parte das associações para que fosse aceito este acordo, deixando muita dúvida entre os presentes se as Associações já teriam entrado em acordo com o Governo antes da assembléia.
(estou afirmando que este foi o sentimento dos presentes e não que isso realmente aconteceu, é bom ressaltar).

O objetivo do governo foi alcançado: dissolver qualquer tipo de possibilidade de algum movimento, o que mancharia a reputação do governo logo em seu segundo ano de mandato.

Entretanto o tempo passou e o que se viu foi uma enxurrada de boatos, quase um novo por dia, a respeito da implementação destas propostas. A falta de comunicação do Governo do Estado é uma falha grave desta administração, somado a falta de um diálogo coerente, direto e franco por parte da associação.

Dia 6, dia 4, dia 10 de abril já foram ventilados como os possíveis dias para as promoções. Outra informação mais pessimista e talvez mais realista da conta que isso não passa de embromação e que essas promoções não sairão em abril.

O último bizú, já que não há confirmação nem por parte do Governo e nem das associações, e o mais próximo da realidade, é que o Governo não gostou da repercussão financeira do aumento do Q.O e por esse motivo propôs o corte de 30% das promoções.

Se esta proposta foi feita pelo Governo, como ele não sabia da repercussão financeira na hora que fez a proposta? Se realmente não o fez, trata-se de um irresponsável. O que pessoalmente, não acredito que seja. Entretanto é bom lembrar que o Governador Renato Casagrande, que esteve na marcha da PEC 300 em Vitória, na época quando era senador, após vencer as eleições, foi um dos que estiveram em Brasília para pedir que a PEC não fosse votada, perdendo a total confiança da tropa.

O que é reprovável é a situação que os policiais se encontram no momento, com essa falta de informação, apreensão e nervosismo que tem até mesmo afetado o desempenho de suas funções. Temos policiais com 15, 18, 22 anos que nunca tiveram uma promoção sequer. Dizer: “você será promovido” e em seguida retirar isso, além de irresponsável é temerário. Esta situação não é justa com esses policiais, não é justa com a PMES.

O Governo do Estado e as Associações precisam “jogar” limpo com essa classe já tão sofrida, que não merece passar mais por essa, e dizer claramente o que está acontecendo. O que pode ser feito, o que será feito e qual a data.

Senhores, não brinquem com nossa categoria. Precisamos que o Governo se pronuncie.


SD Almança
Editor Pec300.com

Casagrande e a PEC 300 - Apoiou mas não apoia mais. 
Como confirar?

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