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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Justiça proíbe abordagem da PM a morador de rua na cracolândia

Confira o Fala Almança no final:

A 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que um morador de rua tem o direito de circular a qualquer momento na cracolândia (região central de SP) sem ser abordado pela PM.
Veja a íntegra da decisão
O pedido de salvo-conduto foi feito pelos defensores públicos Bruno Shimizu e Daniela de Albuquerque. Eles afirmam que Carlos Eduardo de Albuquerque Maranhão foi submetido a constrangimento ilegal pela ação da PM na cracolândia, no começo do ano.
Segundo os defensores, após o início da operação vários moradores de rua comunicaram à Defensoria Pública a prática de abusos por PMs. Eles dizem que Maranhão foi abordado em três ocasiões, em uma semana, tendo sido humilhado e ameaçado pelos policiais que, sequer, apresentaram justificativa para a abordagem.
Para os defensores, Maranhão não possui antecedentes criminais nem mandado de prisão contra ele, não havendo suspeita de que ele estivesse praticando qualquer tipo de crime, principalmente tráfico de drogas.
O pedido à Justiça foi para que o morador de rua pudesse "circular e permanecer em locais públicos de uso comum do povo a qualquer hora do dia, não podendo ser removido contra a sua vontade salvo se em flagrante delito ou por ordem judicial". Os defensores também pediram a extensão do salvo-conduto aos demais moradores de rua.
O pedido havia sido negado em liminares (decisões provisórias). Mas em julgamento na segunda-feira (23), os desembargadores concederam o habeas corpus por maioria de votos apenas para Maranhão. A decisão não foi estendida aos outros moradores de rua.
O relator do caso, desembargador Márcio Bartoli, destacou em seu voto que "apenas dos relatórios trazidos pela Defensoria Pública, constata-se a perpetração de diversas violações a direitos e garantias fundamentais" durante a operação. Ele citou trechos dos mais de 70 relatos para exemplificar a questão.
Ele também cita um o depoimento de um guarda civil metropolitano que confirma as "ordens superiores para impedir que os moradores de rua ficassem em logradouros públicos".
"Diante desse quadro, embora não se possa atribuir ao ilustríssimo comandante geral da Polícia Militar qualquer ação específica, sua omissão consistente na inércia em fazer cessar a ação irregular dos agentes que lhe são subordinados --é suficiente para atribuir-lhe a condição de autoridade coatora".
Os documentos apresentados pela Defensoria foram encaminhados ao Ministério Público, para que seja aberta investigação.
OUTRO LADO
Questionada sobre os relatos de abusos, a Polícia Militar informou que não compactua com desvio de conduta comportamental de policiais e apura com rigor os casos de excesso.
A corporação disse ainda que a operação realizada na cracolândia foi desenvolvida em conjunto com outros órgãos públicos, em uma ação integrada, visando quebrar a estratégia do tráfico de drogas na região.
Segundo a PM, na operação Centro Legal já foram presas 401 pessoas em flagrante, recapturados 103 condenados, internados 478 dependentes químicos, apreendidos 80 kg de droga e feitas 34.234 abordagens em conjunto com agentes de saúde.

FONTE - FOLHA.


FALA ALMANÇA - É o fim do mundo... Senhoras e senhores, estamos assistindo a destruição deste país por pessoas que acham que entendem de justiça, de direitos e de segurança pública. 
Hoje graças a essa falsa democracia que vivemos que prega não a liberdade mas a sim a libertinagem, nosso país está se deteriorando a cada dia.  A culpa da criminalidade neste país não é apenas do ente criminoso, mas sim do Estado que promove vagabundos com leis, direitos e decisões que os beneficia. A culpa são dos políticos que pagam segurança privada e vivem numa redoma de vidro não sabendo o que passa a população. Esta também tem sua parcela de culpa, pois ao invés de cobrar mudança parece de dorme em berço esplêndido e continua alheia a tudo que se passa. 
Com isso os criminosos ganham volume, ganham poder e força. E você policial, que não é valorizado nem pelo Estado nem pela sociedade fica no meio desse furacão. É como se você puxasse um animal que está prestes a cair no precipício, mas não tem jeito, ele faz força contrária, parece que quer cair. 
Mas com você a justiça não tem pena, não tem perdão. O mínimo ato falho, não importa sua ficha, não importa o tempo de serviço prestado a sociedade, ela te pega, te expõe, te toma por lição. Ja querem inclusive colocar policiais em presídios comuns. 
Me diz: qual incentivo um policial tem para trabalhar neste país?

SD Almança
pec300.com

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