Reunidos num ato de protesto na orla de
Copacabana (zona sul do Rio) contra a expulsão de 14 bombeiros da corporação,
alguns manifestantes vestiram terno e se fantasiaram da "gangue do
guardanapo".
Eles criticavam, em tom jocoso, o governador do
Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e seus secretários --durante viagem alguns deles
dançavam junto ao empresário Fernando Cavendish, ex-dono da Delta Construções,
com guardanapos brancos amarrados na cabeça num restaurante em Paris.
A cena e os indícios de corrupção envolvendo a
Delta inspiraram o apelido "gangue do guardanapo".
"Foi a forma que encontrei para protestar
contra minha expulsão do Corpo de Bombeiros após 31 anos de serviços. Fui preso
quarto vez e expulso só porque reivindiquei aumento salarial. Tenho quatro
filhos e estou há dois meses sem salário. Vivo da ajuda de amigos", diz Valdelei
Duarte, subtenente afastado da corporação.
Ao lado de mais dois manifestantes, ele vestia
terno preto, gravata vermelha e levava um guardanapo branco na cabeça, na manhã
de sol deste domingo na avenida Atlântica, fechada aos domingos para virar área
de lazer.
O cabo Benevenuto Daciolo, que liderou uma
invasão no ano passado ao quartel-general da corporação e seguidos protestos,
disse que as condições de trabalho continuam "ruins" e foi implantada "uma
verdadeira ditadura nos quartéis" para reprimir manifestações. Ele também foi
expulso da corporação.
Os manifestantes pediram reajuste salarial (e
não apenas gratificações que não são incorporadas no piso da categoria) e a
reintegração dos militares expulsos.
O ato reuniu ainda integrantes de partidos
políticos (era possível avistar bandeiras do PSTU) e de
sindicatos.
FONTE - BLOG DO CAP. ASSUMÇÃO
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